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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Semanalmente

     A tarde se despede com cheiro de saudade. Na boca fica o gosto amargo da despedida. De quem foi sem ter ido. Presença a recordar ausência. E o peso da dúvida insiste em desvendar um adeus que não convenceu. Eram meros desejos de domingo?
     Nenhum verso mais vale a pena ser escrito, nem minhas segundas intenções reveladas. É tarde...
     Teça melhores desculpas para a próxima terça que quarta eu já não te espero mais .
     A semana segue sua sina de passar lentamente e nem mais a quinta sinfonia me refaz a melodia. Ando sem cor, sem tom, sem letra. Até os talheres se cansaram de esperar pela siesta e o jazz de avisar que não passa no próximo sábado.
     O calendário entendiou-se da precisão das datas e o relógio desistiu de marcar o compasso das horas.
     Na minha agenda sobrou um recado do último dia. Uma frase tímida, ao lado da lista de compras. Sem rimas, sem poesia, com seu estilo próprio de poucas palavras. “Ninguém parte sem a pretensão de voltar...”