Eu examinei seu pulsar
mas ele não era meu.
Você nem soube do risco
(De vida? De morte?Acaso ou sorte?)
Perigo... ( ! )
Que eu corri.
Das vezes que eu perdi o ar.
Grave... ( !! )
Quase morri.
Das paradas... ( !!! )
Na sacada, na calçada, na estrada.
Sem nenhum socorro... ( !!!! )
Fibrilando, remoendo uma única frase,
adoentada de dar dó.
Como medida heróica, mandei um bilhete.
Fluxograma completo... ( !!!!! )
Cansada de ser paciente
Negligenciada... ( !!!!! )
num leito de corredor
PS.: preciso dos seus cuidados.
É urgente ( !!!!!! )
Num mundo marcado pela diversidade interpõe-se a divergência entre pontos de vista. Serão sempre pontos de vista a partir de um PONTO - seja o da porta da frente, seja o da porta dos fundos. É nesse espaço de escolhas que a arte se irrompe e transfigura-se em seu poder de recriar a vida, transformar as mentes, afetar as sensibilidades, encurtar as distâncias e encontrar os olhares. Se desejar entrar, a porta está aberta. Achegue-se mais e seja bem-vindo(a)!
segunda-feira, 30 de maio de 2011
domingo, 8 de maio de 2011
A mãe do dia
Infância
Ampara-me com o teu olhar
para que eu retome a graça
de ser criança outra vez.
Quero voltar ao teu colo,
onde o mundo parecia ser sempre mais seguro.
Dá-me do teu afeto desprendido
para que eu descubra o dom
de tornar as pessoas mais livres.
Olha-me com tua suave calma
para que eu esqueça
os desconcertos dos meus dias.
Deposita tuas marcas
sobre a minha ciência adulta,
com o intuito de que eu volte
a balbuciar pequenas alegrias.
Que seja eterna essa tua materna forma
de pousar as mãos sobre os meus cabelos
e depois dizer repetidas vezes
as mesmas histórias.
Que tua voz doce e teu abraço acolhedor
me façam esquecer o barulho das portas que se fecham.
Que tua serena face encontre esse meu rosto
tão aflito por tão pouco.
E depois, diante do fascínio da tua presença,
recolha-me no silêncio do teu útero,
para que eu possa nascer de novo
e, finalmente, retornar à alegria
do amor sem palavras.
domingo, 1 de maio de 2011
Moldura
Você ainda dormia profundamente
quando eu decidi traçar nossos destinos.
Peguei uma caneta de azul desatino
e liguei delicadamente
os pontos sardentos das suas costas.
Entre uma linha e outra,
tatuava hieroglifos no seu corpo
povoando seus sonhos
como você fazia cócegas nos meus.
Era uma espécie de vingança sádica.
Um polígono de muitos lados
que coubesse só você e eu.
[A autora em um momento de inspiração súbita no começo de tarde enquanto tentava estudar para a Prova de Neurologia. É grave, doutor?]
quando eu decidi traçar nossos destinos.
Peguei uma caneta de azul desatino
e liguei delicadamente
os pontos sardentos das suas costas.
Entre uma linha e outra,
tatuava hieroglifos no seu corpo
povoando seus sonhos
como você fazia cócegas nos meus.
Era uma espécie de vingança sádica.
Um polígono de muitos lados
que coubesse só você e eu.
[A autora em um momento de inspiração súbita no começo de tarde enquanto tentava estudar para a Prova de Neurologia. É grave, doutor?]
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