Conto as sílabas para caber no espaço,
nesse hiato dos teus braços.
Ditongo aberto teimoso em desrimar
meus versos metrificados
a redundantes verbos indiretos e sem ação.
Sofro de um amor coloquial impublicável
envergonhado de insinuações comuns...
Olha, você é mais lindo que o vento frio
dessas manhãs recentes.
Que os jardins coloridos que ainda estão por vir,
que o suco da fruta doce dispensando o açúcar,
que um aranha-céu iluminado em noite de insônia.
Meu romance para as horas de solidão.
Meu edredom de algodão.
Sabe, você é tão doce quanto um brigadeiro
roubado antes da hora da festa
e quase tão gostoso quanto o meu todinho.
2 comentários:
Hehehe, muito bom!
Otimo o uso das palavras, adjetivos e "substantivos gráficos"!!
Você é uma poeta de dedo cheio.
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