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sábado, 2 de junho de 2012

Dois metros e meio de grito


No quesito quantificações,
o amor é das medidas o substrato mais sem consenso.
Incompletas considerações,
aritmética de prejuízos e sustos,
ambíguas voltas sem reembolso de custos.
Chatos cálculos, mas é preciso fazê-los.

A ponta pontiaguda do lápis sempre sacrifica,
ao final das contas, o já endividado bolso do peito.
Se sorte no jogo traz de brinde azar no amor,
de que me vale sorte no amor
se o amor é um jogo
e o jogo não é meu ponto forte?
Responda, se for capaz,
meu amor?



[A autora brincando de Paulo Leminski numa manhã, quase tarde, repleta de cinismo]

Um comentário:

Guilherme Gonçalves Damasceno disse...

E escrevi ainda ontem:

"basta. brigar com abrigo
é amor no jogo da sorte
mas eu não sou assim forte"

Distraídos venceremos sempre.