No quesito quantificações,
o amor é das medidas o substrato mais sem consenso.
Incompletas considerações,
aritmética de prejuízos e sustos,
ambíguas voltas sem reembolso de custos.
Chatos cálculos, mas é preciso fazê-los.
A ponta pontiaguda do lápis sempre sacrifica,
ao final das contas, o já endividado bolso do peito.
Se sorte no jogo traz de brinde azar no amor,
de que me vale sorte no amor
se o amor é um jogo
e o jogo não é meu ponto forte?
Responda, se for capaz,
meu amor?
[A autora brincando de Paulo Leminski numa manhã, quase tarde, repleta de cinismo]
Um comentário:
E escrevi ainda ontem:
"basta. brigar com abrigo
é amor no jogo da sorte
mas eu não sou assim forte"
Distraídos venceremos sempre.
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