semi-líquida
e quebradiça que a gente vê.
Ela te
beija todas as manhãs com a boca molhada de café
enquanto
você, docemente iludida, se convence
que não
haverá mais nada tão amargo no restante do dia.
Depois
te acalma elogiando teus cabelos negros e sedosos,
mas nem te avisa que vai chover logo mais tarde.
Ainda ri
da alface entre teus dentes na hora do almoço
e do
ônibus lotado no final da tarde espremendo tuas esperanças.
Por
fim, te aperta e depois afrouxa
enquanto
te embrulha de presente num papel de pão
que
você deixou de comer para ouvir aquelas velhas desculpas.
- “Calma. O tempo é senhor da razão”.
Aí, ela
vira as costas e faz careta para você.
De
graça, puxa o tapete do teu coração
e ainda
tem a cara de pau de colocar de novo
estrelas
na sola dos teus pés.
2 comentários:
senhor! dai-me uma fraçãozinha pequena de toda essa inspiração! *.*
Paps querida! Inumeráveis vezes querida!
Ele já te deu, só que associou também no pacote uma parcela muito grande (quase insuportável!) de modéstia.
O que eu peço mesmo é que Ele nos ajude a cruzar nossas inspirações e a escrever, um dia, nosso projeto de crônicas/contos tendo a obra do nosso Chico como referência. Aquele projeto que nasceu de modo inusitado num daqueles bancos debaixo daquelas árvores altamente inspiradoras do Campus Umuarama, num daqueles muitos dias que a gente precisava respirar ares não-médicos, numa daquelas ótimas conversas.. Que saudade delas...
Oh, isso já tá no meu TOP 3 dos sonhos para um futuro não muito longínquo, viu?! Hahahaha...
Beijos (com bochechas rubras e felizes!)
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